Thursday, November 30, 2006

Terapia



Quando as coisas não se esquecem..não são para ser esquecidas..
A vontade nem tudo reduz..A esperança o todo converte...
A limitação das palavras é por excelência um obstáculo da realização.
Não sei porque minto. Não sei se me minto.
Será porque o pensar ultrapassa o querer?
Hoje não penso..acomodo-me...
Vivo de coisas pequenas, de alegrias anãs. Elas, hoje, devoram-me e preenchem os pedaços desocupados.
Não sei..Não é uma solução, de todo uma fórmula.
Raras são as vezes que acerto na equação.
A sedução da solução, penso ser, o suficiente. E assim, se perde um fragmento.
A importância da verdade torna-se real. Glamorosa a conquista inicia-se.
A todos , um bom começo.

Friday, November 17, 2006

Acasos Geométricos


Intempestivo chega o acaso.
Sorrateiramente se instala.
Sem qualquer comunicação de duração, estende-se o suficiente até converter a certeza.
A variedade de situações dúbias é infindável...
Não me canso de gostar de acasos geométricos! Aqueles cuja imprevisibilidade faz fronteira com o rigor. Sim, esses que por mais inesperados que sejam, planificam e corporizam o futuro breve.
O único impasse é que a vida é feita de sucessivas relatividades, repetições, coincidências ou meras rotações contrárias de graus..
E as vidas estão suspensas num mundo polidamente
redondo...
Assim sendo, será que por mais sobreposições de acasos que existam
, voltamos sempre ao primeiro, onde a aventura evapora e o definitivo se acomoda?
Talvez..
Mas, não se esqueçam de se lembrar..que tudo antes de ter forma...é um esboço de ilusões!
Isso sim, é o bastante!



Friday, November 03, 2006

Uno, dos, tres, binte e dos :)





Bergas...sempre Bergas...


Thursday, November 02, 2006

Escaldões Tropicais



Quando o corpo cheira a papaia-limão e os lábios sabem a manga, a fusão exótica acontece. Uma pitada de hortelã aqui, uns grãos finos de canela ali..e as almas flutuam.
A orquestra de cerejas, morangos e amoras afina o vermelho e toca ao som de ofegantes respirações.
As maçãs detectam o pecado e as laranjas adoçam o prazer.
Os pés escorregam nos sumos espremidos. Os braços embrulham-se, em cuidados, e o riso flui.
O maracujá suspenso no céu ilumina as sensações presentes.
O coração escalda-se, sem reparar.
O Homem não sabe pelo que se apaixona. De todo.

Texto colorido como pediram.